HÁ POUCO mais de um mês, de forma precipitada e claramente a reboque dos interesses angolanos, o ministro português dos Negócios Estrangeiros apressou-se a tomar partido por uma das partes envolvidas no conflito guineense, mais concretamente pelo governo cessante liderado por Carlos Gomes Júnior. O tom, a pose e a extemporaniedade das declarações de Paulo Portas conduziram a que, passadas cinco semanas sob o golpe de estado e com a situação praticamente normalizada em Bissau, Portugal tenha ficado completamente à margem do processo e com o diálogo dificultado com as novas autoridades da Guiné-Bissau, país onde, recorde-se, residem cerca de 6 mil cidadãos nacionais… Em vez de desempenhar o papel que historicamente lhe cabia de interlocutor privilegiado entre as partes em conflito e abster-se em tomar partido por qualquer das partes, Portugal e a sua diplomacia preferiram entrar no perigoso “jogo” de quem possui claras tentações hegemónicas na região. É o que dá a precipitação e a vontade de agradar ao “primo rico”…
Estimado José Paulo
“vontade de agradar ao primo rico” e mostra de que nem sempre a experiência ensina.
Há pessoas que o egocentrismo e a vaidade são tão grandes que cega os neurónios e aí, perigam os cargos que ocupam.
Tanto peca quem não os sabe gerir como quem os convida para lá!!!