AS RECENTES afirmações de Alberto João Jardim em Porto Santo, reclamando um (novo) partido que faça oposição “a sério” ao governo socialista poderão ser entendidas como o “princípio do fim” da liderança de Manuela Ferreira Leite no PSD. É que teoricamente nada impede que esse “novo partido” reclamado por Alberto João não possa ser o próprio PSD, mas “refundado”, ou melhor, com o líder madeirense à frente… E a quem persiste em garantir que não o leva a sério, talvez não fosse má-ideia fazer algumas contas – nomeadamente de somar e com base no score eleitoral que as candidaturas adversárias de Ferreira Leite obtiveram mas recentes “directas”: 63 por cento. E, já agora, a somar a tudo isto, a capacidade de mobilização a todos os níveis ( e não estou propriamente a falar em termos político-partidários) que Jardim possui, as bem-oleadas estruturas que detém e o descontentamento crescente que grassa no seio do PSD.
Mais: esta liderança já deu provas mais do que cabais que, em termos de lugares, não prima pela abrangência, bem antes pelo contrário. Basta ver o exemplo ocorrido no IPSD, onde todos os que estiveram contra Ferreira Leite foram pura e simplesmente “varridos”. E as eleições vêm aí – já em 2009 – e há que fazer as listas para as autárquicas, legislativas e Parlamento Europeu. Um factor que só potenciará a vontade de mudança por parte dos que se sentem excluídos e postos à margem e, repito, são a esmagadora maioria. Atente-se nas palavras de Alberto João – “Se quando chegarmos a Outubro virmos que o PS é uma espécie de União Nacional do regime e que os outros partidos não contam, então é preciso fazer uma coisa nova para mudar Portugal“ – e vamos lá ver se, antes, da formação das listas lá para meados de 2009, não vamos ter outras “directas” no PSD. Em Janeiro ou Fevereiro, por exemplo…
A presidente vai-se demitir quando já não houver tempo para eleições directas, nem congresso. Golpe palaciano «e mai nada» como diz um simpático militante de Oeiras.
As negociações para o Bloco Central vão já avançadas -pelo que sei já houve 2 reuniões.
Há 2 posturas. ou se deixa ir o barco desgovernado por esta corja, ou se põe uma bomba na S. Caetano.
Eu tomo muito a sério as intenções de Alberto João Jardim. Estamos fartos de abéculas.
Janeiro.ano novo…vida nova !
Vamos à luta. Eu considero-me um patriota(não nacionalista). É tempo de mudança.
Venha o Dr. Alberto João Jardim agitar as águas que bem é preciso. Dizem que o homem se passa, que diz palavrões, mas chama os bois pelos nomes e é o único que não teme estes paspalhos de Lisboa.