A LEITURA do“Todos os Portos a Que Cheguei”, o livro em que Vasco Rocha Vieira, último governador em Macau e a quem já chamaram “o mais civil dos nossos militares”, recorda com detalhe, entre outras coisas, a sua passagem por aquele território, conduz-nos a uma óbvia conclusão sobre o carácter e personalidade de Jorge Sampaio… De facto, mais uma vez, o relato das “trapalhadas”, mentirolas e falsidades a que o antigo Presidente da República recorreu ao longo dos seus mandatos, comprovam quem de facto está por detrás daquele ar de menino sonso e aplicadinho com que ele teimou, durante alguns anos, tentar enganar-nos. Os ardis e manhas a que Sampaio deitou mão nos últimos anos da soberania portuguesa em Macau ficaram bem à vista de todos nesta obra escrita pelo jornalista Pedro Vieira e só vêm confirmar as acusações que, sem resposta, Pedro Santana Lopes já tinha deixado em letra de forma no seu livro “Percepções e Realidades” e em que, com uma minúcia factual arrasadora, nos contou a forma ignóbil e rasteira usada por Sampaio para, em 2004, dissolver a Assembleia da República onde existia uma maioria parlamentar clara.
E mais uma vez, perante as acusações frontais e directas (agora de Rocha Vieira), o antigo Presidente fica calado. Duvido que seja por vergonha, porque começo a perceber que isso é coisa que não falta ao sujeito em causa…