SE EU fosse Pedro Passos Coelho, a última coisa que teria feito neste fim-de-semana era pegar no “Expresso”, quanto mais folheá-lo ou sequer lê-lo… É que aquilo é o que se chama um verdadeiro “arraso” do princípio ao fim. Além de uma terrível primeira página onde um contraproducente triunfalismo já fala dos “planos” do l íder do PSD e de Paulo Portas para um hipotético futuro governo, na página 7 Miguel Sousa Tavares desenvolve uma perspicaz análise acerca dos projectos do “jovem dr. Passos Coelho”, ridicularizando-os sem grande esforço. A sondagem, na página 10, tão-pouco seria motivo para que o actual “patrão” laranja lançasse foguetes, apesar do “close” fotográfico usado para encimar o artigo: apenas com uma popularidade 8 décimas acima da de Sócrates (e 3 pontos atrás de Portas…); os portugueses a discordarem maioritariamente do “chumbo” do PEC ; a “absolverem” o governo da culpa pela crise política; a estarem contra a realização de eleições antecipadas; a defenderem um entendimento PS e PSD; a preferirem Sócrates na liderança dos socialistas; e a acharem que, apesar das eleições, “vai ficar tudo na mesma”. Mas terrível mesmo é a página 35, onde o ministro Pedro Silva Pereira num artigo intitulado “Por uma Caixa forte” e lembrando as ziguezagueantes e contraditórias posições de Passos Coelho relativamente a uma suposta privatização da Caixa Geral de Depósitos ao longo dos últimos meses, faz gato-sapato do líder social-democrata de uma forma quase humilhante e transmitindo uma ideia bem pouco consistente de quem almeja vir a ser primeiro-ministro de um futuro governo. Custa, mas é verdade…
acho que deve andar mui gente aflita, à rasca dirão eles…
com disparates que são ditos pelo penta, hepta, partidos que derrotaram governo,
em 5 moções de veto ao PEC, todas votadas unanimidade no Parlamento…
e agora as sondagens a descerem dos 48%, suponho, já vão nos 38%, parece-me…
e aquela especie de misero “qualquer coisa”,
que em estilo “bolo rei” explicava que agora não é F M I …, mas ….
tragico…
Com os ziguezagues constantes do Ken de Massamá e o tacticismo repugnante do oráculo de Belém ainda nos arriscamos a levar com o senhor Sousa outra vez.
Por onde fica a saída deste filme?