José Paulo Fafe

Uma ou duas incompatibilidades?


SE NO fundo não fosse triste e não revelasse uma certa (para não dizer muita) desfaçatez, até dava para rir: “Julgo que não é justo falar de incompatibilidade quando estamos a falar de um intervalo de 12 anos…“. A frase pertence ao actual presidente da Lusoponte Joaquim Ferreira do Amaral e que, refira-se, uma dúzia de anos antes de ser convidado (e aceitar) este cargo negociou em nome do Estado português, enquanto ministro das Obras Públicas, a concessão da ponte Vasco da Gama com essa mesma empresa. Alguém conseguirá explicar à cada dia mais anafadinha criatura que não é o facto do convite ter surgido 12, 15 ou até 20 anos após ele ter negociado com quem hoje lhe paga o salário que eticamente a questão deixa de colocar-se? Se não entender isso, então a incompatibilidade da outrora “estrela do cavaquismo” estende-se pelos vistos também à sua própria inteligência…

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  • Se tivesse ouvido o Sr. eng. ñ emitia esta opinião. No entanto lembro-lhe sumariamente: A Brisa era estatal e só privatizada com Guterres. As renegociações foram com Guterres e J.Coelho. Não há os malefícios das PPP, pq é uma concessão. Pôs à comissão de ética a aceitação do lugar e como Eng.º o emprego particular s/incompatibilidades dá-se onde e ao fim de qds anos?

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