NÃO TENHO particular simpatia pelos ideais que preconizam a restauração da monarquia, independentemente da estima que alguns dos seus defensores me merecem. E entre estes (onde não está certamente incluído o inenarrável líder do PPM, que continua com uma notória dificuldade em alinhavar duas frases com sentido…) conta-se certamente Rodrigo Moita de Deus que, conhecendo superficialmente, habituei-me a ler desde os seus tempos de “Euronotícias” e de quem guardo a melhor das impressões – tanto a nível pessoal como profisional. Vem isto naturalmente a propósito da assumpção de responsabilidades, por parte de Moita de Deus, do divertido episódio da substituição da flâmula lisboeta pelo estandarte monárquico nos Paços do Concelho e que só quem se leva a si próprio muito a sério e quem possui da vida uma visão pouco inteligente, bacoca e mesquinha poderá condenar. Como foi surpreendentemente o caso de um assessor do actual presidente da Câmara de Lisboa e que, apesar de ser alguém que sempre me habituei (apesar de alguns episódios que não são para aqui chamados…) a achar alguma graça, optou por reagir com grosseria e uma arrogância muito pouco própria de um republicano à insólita acção dos interantes do “31 da Armada”. E Duarte “Buiça” Moral resolveu, do alto da importância que julga possuir o cadeirão que lhe foi destinado nos Paços do Concelho e em nome do seu “patrão” António Costa, disparar: “É tradição da monarquia ter uns bobos de serviço”. No mínimo, fica-lhe mal…