PODERÁ A inquietude ser serena? Por estranho que possa parecer à primeira vista, acho que sim – ainda para mais depois de ler este “Só se morre uma vez“, da Rita Ferro – a continuação do seu diário, iniciado há dois anos com o celebrado “Veneza pde esperar“. Num livro obviamente de carácter intimista como é um diário, a Rita agarra e trata genialmente a palavra e escreve-nos com uma extraordinária, bela e generosa franqueza, própria de quem possui uma notável e poderosa capacidade de querer e saber entender-se a si própria. Que belo livro, que saudável e serena inquietude!