PARA QUEM conhece minimamente a Guiné-Bissau e a sua realidade, a posição da diplomacia portuguesa relativamente à deposição do Presidente da República interino e do governo daquele país é no mínimo hipócrita. Ao longo dos anos, Portugal fechou os olhos a tudo o que sucedia naquela antiga colónia – às falcatruas eleitorais, à violência surda, gratuita e muitas vezes “selectiva” que atingiu muitos dos que nos eram mais próximos, aos negócios feitos à custa dos cargos político-governativos, às relações promíscuas entre o poder e o narco-tráfico.
Hoje, um grupo de militares apoiado pela esmagadora maioria dos partidos políticos guineenses (à excepção, claro, de um PAIGC caduco e subordinado à lógica das negociatas do seu líder Carlos Gomes Júnior) tomou o poder e, até prova em contrário, pretende restabelecer os alicerces de um Estado que há muito deixou de existir, numa oportunidade única e talvez derradeira de um país que está, desde há anos, à beira de desintegrar-se. E em vez de assumir uma posição simultaneamente equidestante e conciliadora, Portugal optou por colocar-se inequivocamente ao lado dos que, com uma legitimidade mais do que duvidosa, contribuíram decisivamente para a destruição da Guiné e das suas instituições. As declarações de teor e tom perfeitamente despropositado do ministro dos Negócios Estrangeiros português, além de mostrarem desconhecimento da realidade e um servilismo perigoso relativamente a Angola e às suas tentações hegemónicas na região, só contribuem para “fechar as portas” a um diálogo em que Portugal poderia jogar um papel determinante. Para trás fica, mais uma vez, uma oportunidade perdida…
Que esperar do dr. Portas, hoje rendido aos encantos do regime angolano?
Caro Fraga
Rendido aos “seus” encantos ( ou os que pensa ter….. ).
Aquilo não dá ponto sem nó.
Eu, eu, depois eu e depois eu.
Engraçado. Os políticos Portugueses em geral pensam que são melhores pessoas ( mais inteligentes e espertas ) que todos os outros…
Posso ficar aqui o dia todo a indicá-los mas deixo uns nomes. Soares e filho, Cavaco, o marginal da Covilhã ( perigoso esse ), Portas, Ferreira Leite, Louçã e por aí fora…e quando pensávamos que já chegava de esperteza bem saloia, vai daí e aparecem as Teixeiras da Cruz e Victor Gaspar. Este último passa-se de tudo quanto de negativo pode ter um governante.