José Paulo Fafe

O meu Zé Gomes Ferreira é este…

É CERTO e sabido que quando vejo o nome de José Gomes Ferreira referido em qualquer lugar é do grande poeta que me lembro – do “Zé Gomes” da farta cabeleira branca e que, juntamente com a Rosalia, era presença praticamente certa aos sábados à noite em casa de meus Pais em Cascais e de quem eu, miúdo, bebia as conversas que se prolongavam noite fora. Inevitavelmente só num segundo momento é que associo o nome ao jornalista homónimo e que, ora na SIC ora no “Expresso”, é presença assídua quando toca a abordar temas económicos.
Confesso que a este José Gomes Ferreira, hoje tão em voga, escutei-o uma dúzia de vezes, as suficientes para perceber que ele sabe do que fala. Porém essa dúzia de vezes também já foram suficientes para perceber que, ao contrário do chamado “poeta militante”, o jornalista não esconde ter-se a si próprio em grande conta, adoptando sempre que pode uma pose que às vezes roça alguma presunção e ridículo. E há uns tempos, ao entrar numa livraria, deparei-me num escaparate com um livro da sua autoria, daqueles com todo o aspecto de ser um best seller, cujo título – penso eu… – revela bem o tamanho do ego deste Gomes Ferreira: “O meu programa de governo“! Comentei esse facto com um amigo e ele, divertido, chamou-me a atenção para uma página de fãs que o jornalista tinha no “Facebook”, para um abaixo-assinado que circulava nas redes sociais intitulado “Queremos José Gomes Ferreira como primeiro-ministro” e até para uma entrevista do dito cujo a um jornal qualquer, em que ele supostamente comentava “à séria” essa hipótese. Sorri – o que é que eu havia de fazer? Hoje, porém, vi um título na newsletter que diariamente recebo do “Expresso”: “José Gomes Ferreira escreve carta aberta a Cavaco, Passos e Seguro“. Aí já não sorri – até porque há situações em que o ridículo causa mais facilmente comiseração que propriamente divertimento…

2 ComentáriosDeixe um comentário

  • ESTE JOSÉ GOMES FERREIRA, que discute economia e finanças como se tivesse tirado um curso, é de uma arrogância agressiva que roça a estupidez.

    Há uns tempos atrás entrevistou o Ricardo Espirito Santo Salgado, dizendo tantos disparates, que o Banqueiro lhe disse: VOCÊ TEM TEORIA A MAIS E PRÁTICA A MENOS, aconselho-o a ir trabalhar e se quiser até pode ir para uma das nossas Empresas, senão ficará com o Otelo que quis teorizar a prática, fazendo nacionalizacões a granel e deu o resultado que se viu. O Gomes ficou calado e nunca mais entrevistou BANQUEIROS.

    Ainda por cima tem a pretenção de ser mais Carreira do que o Medina insuportável bruxóloga que vomita sempre as mesmas coisas com os mesmos convidados.

    Uma noite feliz

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