José Paulo Fafe

Mocidade Maçónica ou os “aventalinhos”?


EMBORA DA fama não me livre junto de algumas pessoas, não pertenço nem ao “velhinho” Grande Oriente Lusitano nem a uma mais recente Grande Loja Legal (nem tão-pouco a qualquer outro agrupamento do género, se é que ele existe) mas confesso que sigo com alguma atenção todo o noticiário referente aos temas maçónicos, quanto mais não seja para poder “meter-me” com alguns amigos mais chegados a estas coisas do chamado’ “avental”… Exactamente por deitar um olho praticamente a tudo o que aparece nos jornais sobre a Maçonaria, dei hoje por mim a abrir a boca de espanto quando li no “Sol” que uns certamente doutos e  “iluminados” dirigentes da tal Grande Loja Legal de Portugal não encontraram melhor altura para lançar uma espécie de “juventude maçónica” destinada aos rapazes dos 12 aos 21 anos que neste preciso momento em que o País só fala e especula sobre as razões que conduziram à morte de seis universitários na praia do Meco ainda para mais quando ganha força, cada dia que passa, a tese que esses (e outros) jovens estariam envolvidos numa espécie de “seita”, á imagem e semelhança do que ocorre em universidades norte-americanas.

Dizem-me que esta GLLP é dirigida por uma espécie de “troika” do chamado “bloco central”, onde pontificam figuras gradas dos aparelhos do PSD e PS, caso dos socialistas Rui Paulo Figueiredo (esse mesmo, o famoso antigo assessor de Sócrates destacado para “acompanhar” as digressões de Cavaco Silva e que hoje lidera o PS em Lisboa…) e Júlio Meirinhos, que em tempos presidiu aos destinos da autarquia de Miranda do Douro, e ainda José Moreno, este um “laranja” com vasta experiência em gabinetes governamentais e que desempenha formalmente as funções de “grão-mestre”. Convenhamos que para quem, até pelos seus percursos na chamada “política profissional” tinha obrigação de perceber que este podia ser o momento para tudo menos para armarem-se numa espécie de versão maçónica, masculina e lusitana da célebre Enid Blyton, vou ali e já venho… É que isto de querer fazer assim uma espécie de “Clube dos Cinco” maçónico não é um tiro no pé  – é mas é uma bazookada! E das grandes…

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