CONHECI OS dois – Luiz Goes e Santiago Carrillo. Cada um, à sua maneira, grandes senhores. Goes, uma grande voz da canção de Coimbra, na esteira de Edmundo Bettencourt; Carrillo – goste-se ou não – un grande de España, tanto pela inteligência como soube integrar o Partido Comunista de Espanha numa sociedade ainda “marcada” por uma guerra civil que a dividiu profundamente, como também por ter sido, a par de Enrico Berlinguer, um dos “pais” do euro-comunismo, talvez o princípio dos novos ares que sacudiram, nos anos 90, a História. Um desabafo: é ao receber notícias destas, cada vez mais amiúde, que vamos percebendo que os anos passam…