LEIO NO “Expresso” que o governo equaciona a hipótese de demitir Manuel Maria Carrilho do cargo de chefe da missão portuguesa junto da UNESCO por este, há uns meses, ter desrespeitado uma directiva do executivo e votado no sentido oposto ao que lhe foi transmitido desde Lisboa. E não resisto a recordar o meu post de 22 de Setembro (já lá vão seis meses!) passado a esse propósito e estranhando que o governo não fizesse caso da infracção gravíssima cometida por Carrilho:
“Em tempo de demissões, exonerações e afastamentos (e com um bocadinho mais de tempo irei “interpretar” a decisão de Cavaco Silva em demitir Fernando Lima…) aguardo que o governo demita o seu embaixador na UNESCO, após Manuel Maria Carrilho ter desrespeitado as ordens que recebeu do Ministério dos Negócios Estrangeiros quanto ao sentido de voto na eleição do novo ditrector-geral. Não queria votar no egípcio Farouk Hosni? Das duas uma: ou pedia para ser chamado a Lisboa em serviço deixando a representação portuguesa entregue ao “número dois” da missão diplomática, ou então apresentava a sua demissão do cargo. É que “quem quer ser lobo não lhe veste a pele”, n’é?