É DIFÍCIL explicar o que José Alencar significava para o Brasil. Acho que mais do que nada, a forma verdadeiramente extraordinária como, nos últimos anos, o antigo vice-presidente de Lula enfrentou a doença que teimava em não largá-lo, foi um exemplo do optimismo com que se pode enfrentar a vida (e neste caso a morte…), mesmo em momentos em que o futuro não se afigura minimamente prometedor. “Zé Alencar”, filho de sô António e D. Dolores, era uma personalidade que exercia um enorme fascínio sobre quem o rodeava e conhecia. Cativante como poucos, dotado de um bom-senso inigualável, foi essencial na eleição de Lula como presidente, ao aceitar (para surpresa de muitos!) ser seu “vice” na candidatura ao palácio do Planalto. Empresário de sucesso, dono da influente e poderosíssima Coteminas, “Zé Alencar” foi certamente o mais unânime e consagrado vice-presidente da história do Brasil. E como ele próprio dizia, “o mais importante de tudo é ter fé – fé na vida, no homem e… no que virá“. Este filme, concebido por Duda Mendonça para uma cerimónia com que a FIESP o decidiu homenagear recentemente , mostra bem o homem simples e incomparavelmente optimista que era “Zé Alencar”…