José Paulo Fafe

Francisco Seixas da Costa

CERTAMENTE POR lapso – até porque o assunto a que se refere nunca foi abordado neste blogue, nem através de algum post ou sequer de qualquer comentário – o embaixador Francisco Seixas da Costa solicitou por mail que fosse transcrita uma carta que enviou ao jornal “Correio da Manhã” a propósito de uma alegada sua intervenção na admissão do ex-primeiro-ministro no Instituto de Estudos Políticos em Paris. Apesar disso, aqui fica o esclarecimento do embaixador de Portugal em França:
O “Correio da Manhã” publicou, na passada semana, uma notícia relativa à admissão do Engº José Sócrates no Instituto de Estudos Políticos, na qual se afirmava que o embaixador de Portugal em França “mexeu e remexeu os cordelinhos para permitir a entrada do ex-chefe do governo na universidade”, após uma suposta “terceira recusa” à sua admissão.
Isto não corresponde à verdade. Nunca me foi pedida, nem eu levei a cabo, qualquer diligência para facilitar o acesso do Engº José Sócrates ao Instituto de Estudos Políticos, nem nunca chegou ao meu conhecimento que tenha havido qualquer dificuldade na respetiva admissão naquela escola.
No que me toca, e sobre este assunto, os factos são muito simples e não admito que sejam contestados.
Em inícios de Julho, o antigo Primeiro-Ministro contactou o embaixador de Portugal, porque gostaria de obter uma informação sobre os cursos existentes em Paris, numa determinada área académica que estava a pensar frequentar. Como na altura veio publicado na imprensa portuguesa, foi-lhe proporcionado um contacto com dois professores universitários, que melhor o poderiam elucidar sobre o assunto. A intervenção do embaixador de Portugal neste processo começou e acabou ali.
Só no final de Agosto, quando regressei a Paris, é que vim a saber que o Engº José Sócrates havia escolhido aquela escola e que nela fora admitido.

4 ComentáriosDeixe um comentário

  • É extraordinário a importância que se dá a esse tipo ( leia-se EX-pm ).
    Na altura que se lhe devia ter dado nos casos Godinho, Freeport etc’s ninguêm se mexeu a não ser para apagar escutas e recortar os processos. Agora que o homem nos arruinou, deixou na pura das misérias e foi embora, passam a vida a falar nele…

  • O diplomata Francisco Seixas da Costa, com o direito de resposta, revelou que conhece a arte da diplomacia.
    Quando chegar a altura de escrever as suas memórias, pode ser que revele alguns momentos, sui generis, da sua actividade diplomática

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios são marcados *