QUEM DAVA como certo o avanço da candidatura presidencial de Marcelo Rebelo de Sousa terá certamente ficado com algumas dúvidas com a forma cautelosa com que, no seu comentário televisivo semanal, abordou a mais que provável entrada na “corrida” a Belém de António Sampaio da Nóvoa e a capacidade do antigo reitor em, segundo o próprio Marcelo, agrupar toda a esquerda em redor da sua iminente candidatura. E quem conhece o irrequieto professor, sabe bem o que normalmente significam essas cautelas… Razão mais do que suficiente para perguntar – um bocadinho contra a corrente, eu sei… – o que sucederá se Marcelo afinal, contra todas as expectativas, anunciar em cima da hora (leia-se em Outubro, segundo o “calendário” que ele próprio tem vindo a impor…) que não será candidato presidencial?