MUITO SINCERAMENTE não tenho opinião formada sobre este tema da coadopção. Também, verdade seja dita, este não é um tema que tenha merecido da minha parte grande atenção – se calhar erradamente, não sei. Estando longe de Portugal, tive porém o cuidado de tentar perceber o que de facto se passou há dois ou três dias na Assembleia da República, até porque o “ruído” era tanto que eu estava cada dia mais “a leste”. E pelo que percebi o “chumbo” do projecto-lei do PS teve tudo menos de político ou partidário, deveu-se, isso sim a uma série de factores que, diga-se de passagem, não abonam muito a favor de algumas figuras. A saber: contrariamente ao que sucedeu há uns meses atrás, alguns deputados do PSD que não estiveram presentes na primeira votação desta vez estiveram no plenário; existiram pelo menos dois deputados do CDS que, ao invés da abstenção que tinham anunciado, votaram contra; e finalmente alguns deputados do próprio PS pura e simplesmente não puseram os pés no hemiciclo. Ou seja: a culpa do projecto-lei socialista ser reprovado só pode ser imputada única e exclusivamente aos três partidos do chamado “arco constitucional”, rigorosamente a mais nenhum factor ou causa. É caso para dizer que… “ou há moralidade ou comem todos”!