José Paulo Fafe

Chiça, que só cá faltava este…

HÁ UMAS horas atrás, um amigo ligou-me desde Lisboa e – vai daí – no meio da conversa, saíu-se com esta: “Sabes quem é que pode ser o candidato da esquerda a Belém?“. Disse-lhe que não fazia a mínima ideia, embora achasse que, a dois ou três anos do início do processo, poderia existir uma mão-cheia de pré-candidatos. “Quem? Diz lá, para ver se acertas…“, provocou-me. E eu meio a contragosto, até porque estava a pensar em tudo menos em quem poderá vir tentar suceder à cavacal figura em Belém, lá fui lançando uns aparentemente inevitáveis nomes meio a despachar: “Sei lá, o Guterres se não conseguir ir para a ONU, o Oliveira Martins, o Alegre não se mete em outra, o Carvalho da Silva ‘pelava-se’ para ser, o Rui Vilar ou alguém do género… é pá não sei, ainda falta muito tempo, ainda vão acontecer tantas coisas…”. Do outro lado da linha (e do Atlântico) ouvi uma gargalhada: “Estás sentado?“. Não, nem pretendia estar. “Então aí vai, aguenta-te… o Sampaio!“, lançou de sopetão o meu amigo, imediatamente antes de eu, num gesto certamente motivado por algum reflexo misto de surpresa, incredulidade e alguma (para não dizer muita…) repulsa, desligar-lhe o telefone na cara. De facto, para o ramalhete ficar completo só faltava cá esse… Chiça penico!

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