CADA VEZ que abre a boca (e lhe dão palco), a D. Pilar brinda-nos com uma catrefada de ressentimentos, rancores e odiozinhos de estimação, alguns herdados do seu José, outros produto certamente daquele seu modo de estar na vida, onde todos lhe parecemos dever alguma coisa. Agora, numa entrevista nesta sua nova condição de “viúva profissional”, a D. Pilar resolveu ressuscitar a ausência de Cavaco Silva do funeral do seu marido e com aquele seu bom-gosto que a caracteriza veio-nos garantir que, pelos vistos por seu intermédio, o defunto em causa “agradece” (sic). Lê-se e não se acredita – pelo disparate, pela deselegância e principalmente pelo mau-gosto.
Mas a entrevista em causa é um chorrilho de pretensos ajustes de contas com quem não lhe diz “amen”, uma sucessão de reavivar questões e assuntos já enterrados, um infindável rosário de queixas e lamurias que revelam alguém muito mal-resolvido. E principalmente muito chata. Chiça!
“viúva profissional”…
Gostei do termo.
Afinal (para a dona Pilar) valeu a pena!!!
viva a “Comissão de Cenrura Prévia”.
camilo