José Paulo Fafe

As precipitações de Portas

POR MUITO “chico-esperto” que possa parecer, Paulo Portas por vezes deixa-se inebriar pela vaidade e a soberba que lhe sobram e acaba a cometer verdadeiros erros de palmatória. O “número” que protagonizou há dois dias no Funchal e que lhe valeu a inevitável desabrida resposta de Alberto João Jardim na “tradicional” festa do Chão da Lagoa é um desses erros. Independentemente do seu precipitado e desajustado ataque a alguém que – goste-se ou não – é, para o melhor e para o pior, uma “referência” do partido que é seu parceiro de governo, Portas ainda não deve ter medido que, desde há uma semana, o nosso cenário político-partidário alterou-se substancialmente e a vitória de António José Seguro nas eleições para a liderança do PS leva a que a coligação com o CDS não seja a única solução governativa com estabilidade parlamentar possível para o PSD – mesmo a curo-prazo. Estamos entendidos ou é preciso fazer um desenho?

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  • É evidente que Paulo Portas não conhece a fábula da rã que queria ser boi!
    Porque por mais que inche nunca chegará ao tamanho que deseja correndo ainda o risco, não depreciável, de estourar de um momento para o outro.
    Creio que PPC andaria bem se o pusesse no seu sitio.
    Por exemplo, exigindo-lhe que processe Ana Gomes!
    É que quem não se dá ao respeito,porque não sabe ou não pode, não tem condições para andar a pregar moral aos outros.
    E é melhor que Portas não se meta muito com AJJ.
    Porque corre o risco de ouvir umas tiradas que não lhe agradem.

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