José Paulo Fafe

Vila Real de Santo António e a fusão de munícipios

CONHEÇO RAZOAVELMENTE bem Vila Real de Santo António e a região envolvente, bem como  alguns detalhes do nascimento dessa cidade por obra e graça do Marquês de Pombal que, num claro acto de afirmação de soberania, a mandou edificar nas margens do Guadiana. Talvez por isso mesmo – por conhecer a realidade daquele pedaço do sotavento algarvio –  não me surpreendo com a decisão da Assembleia Municipal de Vila Real de Santo António em recomendar ao governo a fusão do município com os concelhos de Alcoutim e Castro Marim, este último um verdadeiro “enclave” cuja existência não tem, à primeira vista, grande justificação. Vou mais longe: acho mesmo um excelente exemplo para uma reforma da administração local que, afinal, parece ter ficado apenas pelas freguesias e que pode – como se vê por esta proposta – ir bastante mais longe. Não é, como diz o presidente da câmara de Castro Marim, “uma brincadeira de mau gosto” – é, isso sim, uma prova de responsabilidade e maturidade. E por esse País fora existirão certamente muitos outros casos onde a fusão de municípios terá toda a justificação.

7 ComentáriosDeixe um comentário

  • Essa devia ser a estratégia. Fundir, por exemplo, Porto e Gaia ou, na grande Lisboa integrar Amadora e Odivelas em Sintra e Loures. Para não falar na margem sul onde num território exíguo coabitam uma dúzia de municípios.

  • Mais um censor. Quando os comentators não agradam ao autor da tasca, não se «iluminam».

    Parabéns! Afinal, sempre há um Salazar em cada português… mesmo que na estranja.

  • Sr. Rui Ratão (se é que esse é o seu nome…),

    O seu comentário anterior foi rejeitado (aliás é um direito que me assiste e nem tinha que estar aqui a justificá-lo) porque continha uma expressão, ainda que mesmo que em iniciais, considerei ofensiva.
    Para terminar e citando alguém, Salazar é a sua tia!

    José Paulo Fafe

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