NO BRASIL, a verdadeira oposição ao PT, ao governo Lula e consequentemente à inevitável eleição de Dilma Rousseff, não é feita pelo cada dia mais debilitado PSDB, mas sim pela generalidade da chamada “imprensa de referência”, com especial destaque para a revista “Veja” e para o diário “Folha de S.Paulo”. Mas enquanto o matutino paulista ainda “disfarça” minimamente a sanha anti-lulista, a “Veja”, essa, não perde a oportunidade de, por tudo e por nada, arranjar maneira nem que seja para “alfinetar” Lula. Um exemplo flagrante dessa verdadeira obsessão é uma pequena nota publicada na penúltima edição, onde na secção “Panorama”, a revista noticia a morte, aos 100 anos de idade, do último integrante do bando da famoso cangaceiro Lampião, verdadeiro “terror” do Nordeste brasileiro nas décadas de 20 e 30. E segundo a “Veja”, o defunto chamar-se-ia “António Inácio da Silva”, o que obviamente levava quem lesse a discreta nota a relacionar com Luís Inácio da Silva, o nome completo do actual presidente brasileiro… “Que divertida coincidência“, seria a lógica reacção, não é? Só que, nessa mesma semana, outra revista – a “Isto É” também noticiava numa pequena nota muito semelhante à da “Veja” a morte do companheiro de Lampião. Mas as semelhanças entre um e outra nota acabavam quando se lia, segundo esta revista, o nome do último cangaceiro, que não era nem Inácio, nem Silva, mas sim… José António Souto! Só faltou mesmo a “Veja” revelar que o “nome de guerra” de Lampião era “Dilma”…