POR ESTAR numa reunião que se prolongou até perto das nove e meia, só quando cheguei a casa, por volta das dez da noite, soube da comunicação televisiva de José Sócrates (com um carrancudo Teixeira Santos a seu lado) dando conta de (alguns?) dos principais pontos do acordo estabelecido entre o governo e a famosa “troika”. E ainda estava de boca-aberta com a aparente moderação do “pacote” de medidas, quando o meu amigo Luís Cirilo, sempre perspicaz e super-atento aos mais ínfimos detalhes, chamou-me a atenção para o facto da comunicação do primeiro-ministro ter sido feita exactamente no intervalo do Barcelona-Real Madrid que a RTP estava a transmitir e que meio-País estava a assistir. De facto, como dizia o Luís, temos um chefe de governo que, se lhe convém, até faz o papel de “cheerleader”, aquelas meninas jeitosas que costumam abrilhantar e “encher o olho” dos espectadores nos intervalos dos jogos. E o que me preocupa é que enquanto Sócrates corre, dribla, passa, desmarca-se, remata e vai fazendo uns golitos, tendo ainda tempo para fazer de “cheerleader”, há quem neste “jogo” apenas e só ande para aí a meter golos na própria baliza. É triste, mas é verdade…
Tambem não entendo como tal é possivel…
mas é realidade nosso país , 2011…
abraço