José Paulo Fafe

Um craque chamado Fidel…



ESTA FOTOGRAFIA já tem uns valentes anos. Foi tirada em Havana no início dos anos quarenta, durante um jogo que opôs uma equipa do Colégio de Belén a uma outra da Casa de Beneficiencia y Maternidad, formada por órfãos que eram acolhidos por essa instituição. O segundo (a contar da esquerda para a direita), logo através do guarda-redes da equipa de Belén, é – imaginem lá! – nada mais nada menos que Fidel Castro, então um jovem de 16 ou 17 anos e que jogava na posição de interior-direito… Se nesse jogo Fidel marcou ou não, isso já ninguém se lembra – resta apenas o resultado final do desafio disputado num pelado da capital cubana: 4 a 0, a favor da equipa “belenense”!
Embora não fosse titular indiscutível da equipa, Fidel é recordado como “corpulento, musculado, muito forte e fundamente muy bravo, muy bravo“, lembra um seu antigo colega. Já o próprio Fidel, esse, numa conversa informal mantida há poucos dias a propósito do campeonato do mundo que avizinha, recordava esses seus futebóis: “Era delantero, corría bastante. Fue en quinto grado cuando empecé‚ en el colegio Dolores, en Santiago de Cuba, en un patio de cemento, y el balón no era como los de ahora. El fútbol me ayudó a tener voluntad, a ejercer mi capacidad de resistencia física, me produjo placer, satisfacción, espíritu de lucha y competencia“.
Tido por normalmente empenhar-se em fazer tudo e mais alguma coisa da melhor maneira que pode e sabe, é caso para nos interrogarmos se Castro não terá passado, também ele, ao lado de uma grande carreira como futebolista?

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