AGORA QUE estão na moda as candidaturas independentes, vale a pena fazer a destrinça entre quem é verdadeiramente independente ou quem se serve dos partidos como entidades facilitadoras para se apresentar ao eleitorado com esse rótulo. Ser “independente” apoiado por um partido é fácil – “herdam-se” estruturas, poupam-se assinaturas, papeladas, até alguns entraves burocráticos em termos de financiamento. Ser independente na verdadeira acepção do termo, isso é outra estória, custa mais, obriga a começar do zero e a montar uma candidatura do princípio ao fim. Quando me falam desses independentes – dos autênticos – lembro-me sempre do movimento que há oito anos atrás ganhou a câmara de Alvito, sem qualquer apoio encapotado ou sem montar “cavalo” emprestado – isso sim, era “à séria”. Agora quando vejo candidatos ditos “independentes”, apoiados por partidos que, no mínimo, lhes poupam a complexa recolha de assinaturas e o consequente processo de legalização, sinto-me enganado e ludribiado. Por essa e por outras, é que para mim o falso candidato independente do CDS Rui Moreira à sucessão de Rui Rio não passa de um “Jel à moda do Porto”. Com toda a carga negativa que isso possa ter, é claro…
Caro José Paulo, Seria até muito mais puro “independente” até se fizesse tudo sozinho: recolha de assinaturas, colasse e imprimisse os seus próprios cartazes e ainda recusasse todos os votos provindos de simpatizantes e membros de outros partidos… isso assim é que era! Era! Era mais uma vitória moral. Seria interessante saber se o José Paulo já criticou assim tão asperamente os caudilhos candidatos dos partidos. E não me responda que esses não se afirmam “independentes”, pois então, aplicando mais essa exigência, teria que os interrogar sobre se são verdadeiramente “socialistas”, de “esquerda, de “direita”, “sociais-democratas”, “centristas”, etc. Rui Moreira é um candidato essencialmente independente porque se lançou enquanto tal, escolheu uma lista segundo a sua maneira e age de forma isenta dos partidos, isto é, não renega nem afasta de forma extemporânea e inútil os aliados que lhe são úteis, sem com isso transgredir nos princípios afirmados. Joaquim Pinto da Silva
Caro José Paulo,
Seria até muito mais puro “independente” até se fizesse tudo sozinho: recolha de assinaturas, colasse e imprimisse os seus próprios cartazes e ainda recusasse todos os votos provindos de simpatizantes e membros de outros partidos… isso assim é que era!
Era! Era mais uma vitória moral.
Seria interessante saber se o José Paulo já criticou assim tão asperamente os caudilhos candidatos dos partidos. E não me responda que esses não se afirmam “independentes”, pois então, aplicando mais essa exigência, teria que os interrogar sobre se são verdadeiramente “socialistas”, de “esquerda, de “direita”, “sociais-democratas”, “centristas”, etc.
Rui Moreira é um candidato essencialmente independente porque se lançou enquanto tal, escolheu uma lista segundo a sua maneira e age de forma isenta dos partidos, isto é, não renega nem afasta de forma extemporânea e inútil os aliados que lhe são úteis, sem com isso transgredir nos princípios afirmados.
Joaquim Pinto da Silva