HÁ BEM pouco tempo uma destacadíssima figura do universo socialista (hoje afastada dos holofotes) contava-me que raro é o dia em que José Sócrates não pega no telefone e, desde o seu “exílio” parisiense, desanca forte e feio em António José Seguro junto dos que lhe são mais próximos, acusando-o de estar a reboque do governo. Segundo me contaram, o palavreado utilizado pelo antigo primeiro-ministro é de fazer corar a mais grosseira das criaturas ao cimo da terra. Imagino pois o que terão sido os últimos dias de Sócrates e dos seus apaniguados, a presenciar este claro “baixar de armas” do PS (e não só da sua direcção) relativamente ao governo- especialmente ap ós a reunião entre Seguro e Pedro Passos Coelho. Quanto berros e impropérios terão sido soltados desde Paris, quando o antigo chefe do governo viu Vital Moreira afirmar que “a crise é duradoura e não atalhos ou milagres”; o seu antigo ministro Luís Amado dizer que “existem coisas mais importantes que a RTP”; o outrora obediente Carlos Zorrinho confessar que que “gostaria que o primeiro-ministro ouvisse o PS mais vezes”; e finalmente Elisa Ferreira (por quem Sócrates nunca morreu de amores…) confidenciar que quer “um consenso nacional verdadeiro”? Deve ter sido o bom e o bonito!
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Obrigado, Eduardo Saraiva.
ZP
Mas será que o PS tem bom senso? Ou as vozes que aqui foram citadas são gotas no oceano?
E o Luis Amado, ex-ministro do Sócrates, a afirmar que “esta crise tem quatro anos”? O homem deve ter ficado para morrer…