José Paulo Fafe

O sacerdote, a primeira-dama e a hóstia…


UM VERDADEIRO exemplo de notável indulgência cristã, o dado por Maria Cavaco Silva ao comungar das mãos do inefável padre Vítor Melícias no final da missa de corpo presente de Eusébio. Certamente já esquecida dos tempos não muito longínquos em que, apregoando um exacerbado anti-cavaquismo militante, o frenético franciscano clamava a sete-ventos que, caso o marido da senhora fosse alguma vez eleito Presidente da República, não hesitaria em abandonar o país e desde o outro lado da fronteira, de megafone em punho, não se poupar a esforços enquanto não o visse porta fora do palácio de Belém, a primeira-dama não hesitou um segundo em precipitar-se para ser a primeira a receber a hóstia das mãos desse verdadeiro capelão-mor do regime. Uma verdadeira caixinha de surpresas, esta D. Maria!

11 ComentáriosDeixe um comentário

  • Só falta ver um porco andar de bicicletas.
    Milicias o bom vivant quando era provedor tanto ajudava as coristas do Parque Mayer, como os amigo do Peito. Ele tinha um amigo que morava com a mãe na Rua Eugénio dos Santos. Este tinha uma mãe muito velha e doente e alugou um quarto a um casal para tomarem conta da mãe emquanto ele andava na borga com o Milicias e outros a engatar coristas. A mãe faleceu e havia no prédio uma pensão de um retornado que comprou o prédio. Ofereceu-lhe uma boa maquia para deixar a casa.Mas ele tinha o problema do casal que já não lhe fazia falta. Em vez de lhe dar algum do dinheiro, e foi muito, que recebeu foi ao Padre Milicias à Santa Casa, para este arranjar um quarto a pagar pela SCML para alojar o casal. Pequena história do “histórico” FRANCISCANO QUE DEVERIA VIVER NA POBREZA E HUMILDADE. A sua Toga Roxa é impressionante, digna de um grande Estilista.

  • A D. Lídia é uma pândega. Mas uma pândega no bom sentido da palavra. E sabe-a toda, de cabo a rabo, não há podre que lhe escape nesta Lisboa de mexericos e pequenas estórias. E é como o dr. Gama, assim uma espécie de “peixe de águas profundas”, daqueles que raramente vêm à superfície, mas quando o fazem é um “ai jesus”, saiam da frente que vem aí chumbo e do grosso. Para quando um blogue só seu, D. Lidia? Ia ser um “frou”, acredite.
    Receba um carinhoso abraço desta sua admiradora,
    Rosário

  • D.Rosário, não sei se o que escreveu da D.Lídia é uma ironia, digamos, “cum granum salis”, mas ela merece até algum respeito, não só pela sua idade como pelo seu bom coração. Conheço-a desde os anos 50, ela era então uma rapariga muito desembaraçada, muito preocupada a ajudar os outros e metida em obras de caridade, actividades que o facto de não ter casado lhe davam mais tempo e liberdade. Claro que uma vivência assim longa e de contactos permanentes lhe permitiu o conhecimento de muitos podres sociais que ela sempre denunciou com grande frontalidade e apenas com o objectivo de um saneamento moral. Por isso aplaudo a sua sugestão de ela passar a assinar um blogue.Já não a vejo há anos, e pensava que ela, atendendo a que o tempo não perdoa, já não estivesse com pachorra nem saúde para contar as mil e uma histórias “exemplares” por que ela passou. Palmas à D.Lídia.

  • Quem sou eu para receber Querida
    Rosário tantos elogios. Pode crer que sou mesmo uma pândega, além de gostar dela e serei assim até morrer. Já tenho tido alguns dissabores mas “la nave va”. Gostei da comparação ao Gama e vou contar-lhe uma passagem gira dele. Era eu jovem mas muito atrevida e resolvi ir ao “antro das hienas” na altura que era o Bar da Natália Correia em sociedade com a Helena Roseta. Ali se faziam e desfaziam Ministros. Um belo dia entrou o misantropo do Gama, ufano porque tinha sido nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros. Foi um broá de tafetás e lantejoulas, era preciso transformar o Gama num dandy a começar pelos óculos. Mas como o material era espesso elas coitadas pouco conseguiram, mesmo as lições de dicção, porque ambos eram Açoreanos, foi o Cabo dos trabalhos. Tout passe tout casse et tout se remplace. Quanto ao Senhor Caeiro conhecer-me nos anos 50, deve ser um pouco difícil porque estava interna num colégio de Freiras. Será que o Senhor era o Padre que apalpava as miúdas?. Ainda levei um apalpão nas pequenas maminhas com pouco desenvolvimento. Se for você ainda me vai pagar pela dor, Quanto ao casamento já matei 3 mas estou pronta a matar o 4º mas tem de ser Alto, loiro de olhos verdes, Engenheiro Hidráulico para arranjar a minha cama. Quanto ao trabalho de fazer um blogue tentei um a que chamei Cavacões em homenagem ao homem da acções não cotadas em bolsa do BPN, mas não ligo nenhuma porque dá muito trabalho e passo muito tempo na estranja. Nem seio se existe. Também raramente escrevo noutros blogues e só gosto deste do José Paulo Fafe porque além de lindo é muito culto e inteligente.

  • Quem sou eu para receber Querida
    Rosário tantos elogios. Pode crer que sou mesmo uma pândega, além de gostar dela e serei assim até morrer. Já tenho tido alguns dissabores mas “la nave va”. Gostei da comparação ao Gama e vou contar-lhe uma passagem gira dele. Era eu jovem mas muito atrevida e resolvi ir ao “antro das hienas” na altura que era o Bar da Natália Correia em sociedade com a Helena Roseta. Ali se faziam e desfaziam Ministros. Um belo dia entrou o misantropo do Gama, ufano porque tinha sido nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros. Foi um broá de tafetás e lantejoulas, era preciso transformar o Gama num dandy a começar pelos óculos. Mas como o material era espesso elas coitadas pouco conseguiram, mesmo as lições de dicção, porque ambos eram Açoreanos, foi o Cabo dos trabalhos. Tout passe tout casse et tout se remplace. Quanto ao Senhor Caeiro conhecer-me nos anos 50, deve ser um pouco difícil porque estava interna num colégio de Freiras. Será que o Senhor era o Padre que apalpava as miúdas?. Ainda levei um apalpão nas pequenas maminhas com pouco desenvolvimento. Se for você ainda me vai pagar pela dor, Quanto ao casamento já matei 3 mas estou pronta a matar o 4º mas tem de ser Alto, loiro de olhos verdes, Engenheiro Hidráulico para arranjar a minha cama. Quanto ao trabalho de fazer um blogue tentei um a que chamei Cavacões em homenagem ao homem da acções não cotadas em bolsa do BPN, mas não ligo nenhuma porque dá muito trabalho e passo muito tempo na estranja. Nem seio se existe. Também raramente escrevo noutros blogues e só gosto deste do José Paulo Fafe porque além de lindo é muito culto e inteligente.

  • De facto, a D. Rosário tem razão: a Lídia é uma pândega. Eu diria mais – e espero sinceramente que não se ofenda – é um verdadeiro “ponto”! E essa de me achar “lindo, muito culto e inteligente”, sabe uma coisa? Quando a esmola é grande, o pobre desconfia… N’é?

  • Nem a esmola é grande, pois não sou só eu a dizer, vários companheiros/as o dizem igualmente.

    A humildade exagerada é arrogância, por isso sou arrogante e gosto de pessoas arrogantes, no bom, sentido. aqueles que sabem o que valem. A humildadezinha é como a caridadezinha.

    Desejo que conserve todas as suas qualidades, tão apreciadas por muitas pessoas, Os que não apreciam não interessam,

  • A D.Lídia desculpe, mas nos anos
    50 a Senhora era uma mocetona perto dos trinta. Uma sobrinha sua é que andava num colégio interno, mas não me referia a ela.
    De qualquer forma, tenho que lhe prestar vénia, porque ninguém lhe dá a idade que tem.

  • Dom Xico Caeiro, a senhora mocetona, está agora a lembrar-se bem de si. Parece-me estar a vê-lo no cinema Império, onde agora é a Iurd, que você frequenta, a ver a Bela e o Monstro. Porque está fixado na minha idade? pode dar-me o seu mail e eu envio-lhe a minha certidão de nascimento por Skanner. Quanto a Sobrinhas, tiro ao lado, sou filha única e não tenho sobrinhas, Tenho Trinetas mas nenhuma está interna em colégios de freiras porque já não se usa, nem sequer o Ramalhão. Pode continuar a escrever porque me diverte imenso até por sermos contemporâneos para aí dos anos 30, quem me dera para dançar o Charleston. Obrigada pelo piropo pois estou bem conservada em alcool alcoforado. Você deve ser mais da pinga.

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