José Paulo Fafe

O paspalhão

CHAMA-SE António do Pranto, mas dá pelo nome de Nogueira Leite. Politicamente nunca se percebeu lá muito bem em que águas navega, até porque já foi secretário de Estado de Pina Moura num dos governos de António Guterres, “namorou” descaradamente com Paulo Portas e com o CDS, “piscou o olho” a Santana Lopes quando este foi primeiro-ministro e agora, de há uns tempos a esta parte, serve atento e venerando o dr. Passos Coelho numa indisfarçável ânsia de vir a abichar um ministeriozito quando o País mudar de mãos. Profissionalmente, sempre foi um empregado dos Mello, mas ultimamente sabe-se que também faz um “part-time” nas empresas de Braz da Silva, o frustrado candidato à presidência do Sporting e que também é “patrão” do secretário-geral “laranja” MIguel Relvas.
A ânsia de aparecer e agradar a quem pode decidir o seu futuro é tal, que Nogueira Leite esquece-se ou faz tábua-rasa do que possa ter dito há pouco tempo atrás. Ainda hoje, certamente “empurrado” pela agência de comunicação que há muitos anos o ajuda a aparecer por tudo e por nada, resolveu tomar como suas as dores do líder do PSD e vir a público, de forma deselegante e própria de quem não tem, de facto, vergonha na cara, atacar quem teve a “ousadia” de dizer a mais pura das verdades – no caso Pedro Santana Lopes que, há dois dias, afirmou que os portugueses “ainda não confiam” em Passos Coelho. Qual aio ou pagem do líder “laranja”, o sempre serviçal António do Pranto resolveu esquecer-se das inúmeras declarações que fez elogiando o governo de Santana Lopes e do alto de um estatuto que ninguém (re)conhece, resolveu dizer umas jocosidades sobre alguém a quem ainda não há muito tempo cortejava esperançoso.
Até podia ser “curioso e quase divertido” ouvir Nogueira Leite armado em escudeiro de Passos Coelho. Pena ele ser o paspalhão que é…

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