José Paulo Fafe

Nicolás Maduro: um exemplo de contrafacção


OU MUITO me engano ou o truculento Nicolás Maduro não conseguirá cumprir o seu duvidoso mandato presidencial até ao fim na Venezuela. Uma coisa era Hugo Chávez e o seu estilo que, apesar de polémico, era suportado por um carisma e uma legitimidade que uma suficiente margem percentual de votos lhe conferia. Outra coisa é gerir um legado e uma herança política sem tacto e assentando na arrogância gratuita, por cima de toda a folha e recorrendo à violência de forma inconcebível como ocorreu ontem no parlamento em Caracas. Enquanto Chávez era “fino que nem uma águia” e possuía um instinto político que o seu percurso de altos e baixos lhe tinha conferido, Maduro é definitivamente alguém grosseiro e lerdo. Em vez de gerir a sua débil e duvidosa vitória eleitoral com “pinças” e tanto interna e externamente encontrar plataformas de algums consenso, o sucessor de Chávez resolveu pôr em prática uma política que só levará a extremar ainda mais o cenário político venezuelano e reforçar a lógica vitimização daqueles que se lhe opõem. O que, mais tarde ou mais cedo, o conduzirá inevitavelmente a uma saída sem glória e pela porta dos fundos do Palácio de Miraflores. Sem ficar na História, claro, e como um vulgar candidato a ditadorzeco latino-americano…

1 comentárioDeixe um comentário

  • Amigo ZPF
    Não esperaria mais de um homem que teve uma formação de “guarda costas”,que era o seu trabalho com Hugo Chávez.
    Não podemos esquecer que o nosso Ditador Sócrates lá estava assegurando a vitória do seguidor do seu amigo íntimo,Hugo.
    Teve até que se levantar para agradecer uma ovação tremenda dos seguidores do falecido.
    O não-Engenheiro que fez descer num mês 8 pontos as sondagens do PS com os seus vómitos televisivos cheios de ódio e vingança é um exemplo de como os “não” chegam ao poder e duram…e duram…e duram….

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios são marcados *