INDEPENDEMENTE DA justeza, ou não, da acusação de “falta de lealdade” que Cavaco Silva faz (agora…) a José Sócrates, não resisto a recordar as inúmeras vezes que o actual Presidente da República protagonizou actos de profunda e incompreensível deslealdade relativamente ao partido que o “inventou” e sobre quem ele durante anos pairou qual “fantasma” – mas também da facilidade como que, ao sabor dos ventos e das suas conveniências e ambições, descartou amigos e colaboradores de sempre, revelando assim uma personalidade e carácter que não lhe concedem propriamente grande autoridade para acusar quem quer que seja de falta de lealdade… E outra coisa: se Sócrates era afinal assim tão desleal e nocivo à democracia, porque razão o Presidente da República não usou da prerrogativa que a Constituição lhe confere e pura e simplesmente não o demitiu? Será que só agora, com o antigo primeiro-ministro em Paris e sem poder permanecer em Belém após 2016, é que Cavaco descobriu que Sócrates era, também ele, “má moeda”?! Lata, de facto, é coisa que sobra lá para os lados da praça do Império…
Ele pensar pensou, segundo mesmo disse….
Mas sabemos todos que “a pensar morreu um burro”!
AHAHAH!
Latosa Zé Paulo!!!
A lista dos “traídos” por Cavaco é extensa, longa e reveladora do seu caracter… Só alguns exemplos: Pedro Santana Lopes (que o “fez”, na verdadeira acepção do termo; Fernando Nogueira, a quem tirou o tapete miseravelmente poucos dias antes das eleições de 1995; José Honorato Ferreira, seu leal e dedicado chefe de gabinete durante anos; Fernando Lima, a quem deixou “cair” de forma vil e própria de quem não olha a meios para atingir os fins. E por aí diante…