O MEU amigo Fausto Correia faria hoje 62 anos. Deixou-nos, aos muitos e muitos amigos (sim, porque ele sim tinha-os!), há seis anos, de uma forma repentina, tão repentina que acredito que muitos de nós ainda hoje não temos plena noção que já não o temos aqui entre nós, sempre pronto a dar-nos um conselho, a deixar-nos uma palavra amiga, a confiar-nos uma preocupação ou a contar-nos uma daquelas estórias que só ele sabia magistralmente contar. O Fausto deixou-nos há seis anos, curiosamente a tempo de poupar-se de assistir a uma débacle que a ele, que ajudou a construir um regime, lhe iria custar muito. Teve essa “sorte”, passe a expressão. E nós o enorme azar de não podermos contar com ele, com a sua argúcia, com a sua notável capacidade de saber sobrepôr a racionalidade às crenças políticas e opções partidárias, de mostrar-nos que nem tudo é preto e branco e que, tantas e tantas vezes, é possível, por muito distante que pensemos podermos estar deste ou daquele, sentar-nos à mesma mesa e conversar. Um abraço grande aqui do “bem haja” e olha… sabes que mais? Fazes uma falta do caraças! F…., ó égua!
Pois faz, Zé Paulo.