José Paulo Fafe

Eduardo Campos: o primeiro dia do resto da sua vida


AO INVÉS da maioria dos analistas e apesar da subida global do PT a nível de mandatos de prefeitos e de vereadores, sou dos que acha que o partido de Lula e Dilma não pode “embandeirar em arco” por aí além com os resultados que obteve nas eleições locais que hoje tiveram a segunda volta em meia-centena de municípios. Apesar da clara vitória de Fernando Haddad em S. Paulo (que é obviamente significativa e foi de uma enorme importância para um Lula obviamente fragilizado pelas consequências do julgamento do chamado “mensalão”), a verdade é que, entre as dez mais importantes cidades brasileiras), o PT apenas detém o governo de duas – S. Paulo e Brasília, sendo que esta última e dado o seu estatuto de “Distrito Federal” é liderada por um governador. Todas as outras grandes “apostas” do PT e de Lula, casos de Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte e Recife, saldaram-se em derrotas para o partido do governo.
Quem pode – isso sim – “embandeirar em arco” é  Eduardo Campos, actual governador de Pernambuco, neto do mítico MIguel Arraes e que até há bem pouco tempo era dado como “vice” do PT nas próximas eleições presidenciais de 2014. Hoje, com o seu PSB a crescer mais de 60 (!) por cento no mapa autárquico brasileiro,  reforçou o seu peso no Nordeste e estendeu-o para alguns munícipios mais a sul e com um peso significativo (Campinas, por exemplo), Campos pode bem vir a ser – em vez de “parceiro”… – a alternativa a Dilma Rousseff daqui a dois anos. Vontade, essa, não lhe deve faltar!

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