HÁ QUASE 34 anos que viajo regularmente a Cuba. Já lá vivi, já lá estudei, já por lá andei enquanto jornalista, até como turista por lá estive. Se é possível ter um segundo país, então não tenho qualquer dúvida que Cuba o é para mim. Definitivamente! Como Havana é, a par de Évora, Salvador, Florença ou S.Petesburgo, uma das minhas cidades preferidas.
Deixando agora esse lado mais pessoal: regressei de Cuba há uma semana, mais coisa menos coisa. Não ia lá desde, creio, o ano 2000. Encontrei um país à espera… De quê? Ninguém sabe! Mas a verdade é que entretanto Cuba já mudou. E não foram as tão apregoadas medidas protagonizadas pela nova liderança de Raul Castro (telemóveis, livre acesso aos hotéis, etc.) que o fizeram. Não, basicamente quem mudou foram as pessoas. Dentro e fora do regime (salvo aquelas irritantes excepções que existem um pouco por toda a parte), todos perceberam que a mudança é inevitável, melhor, é um facto, faltando agora “apenas” encontrar a rota e o destino. Hoje, em Cuba, fala-se, especula-se (muito). Mas principalmente… espera-se. O quê, ninguém sabe. Como, idem aspas. Quando, ainda menos… Uma coisa é certa: o romantismo e a pureza que de algum modo caracterizaram alguns aspectos e períodos da Revolução Cubana finaram-se. Agora os tempos são de um realismo tão cru que por vezes entristece e que galopa a um ritmo alucinante, a caminho sabe-se lá de quê e de quem. E quem sente Cuba, vê-se invadido por uma estranha e confusa nostalgia…
Captando “el alma” de la Perla de las Antillas……
Como é possível que alguém como você, ao que suponho democrata, pode mostrar-se tão perigosamente seduzido por um regime de terror como é o cubano? Como é que se pode apelidar de “romantica” a uma revolução fez milhares e milhares de mortos, que semeou a morte por esse mundo fora, por exemplo em Angola? Responda-me se é capaz…
Já agora respondo eu.
o que tem haver o cu com as calças.
o sr. Celso já contou as mortes feitas pelos seus amigos Américas.
tenha mas é juízo.