DELE SE pode dizer, sem qualquer favor ou “obrigação póstuma”, que era um homem íntegro, sério e justo. Chamava-se António Marques Júnior, foi um dos mais jovens oficiais de Abril e apesar de ter apenas 28 anos quando foi chamado a ocupar cargos de alta responsabilidade política e militar, nunca se deixou deslumbrar ou “contaminar” como tantos outros que perderam rapidamente o respeito de um País que obviamente é grato a quem foi fundamental na restituição da Liberdade.
Deputado ao longo de 26 anos, eleito pelo Partido Socialista, a discrição que sempre cultivou valeu-lhe muitas vezes ser injustamente preterido, apesar da sua competência em matérias como a Defesa e a Segurança Nacional ser unanimemente reconhecida, tanto à esquerda como à direita. Marques Júnior foi um homem coerente, digno e fiel aos seus princípios. E soube, como poucos, “não ser de ninguém”.
Um beijinho, Luísa…
subscrevo inteiramente as tuas palavras.Tive o prazer, e a honra, de ser ci«olega dele no Parlamento e muito em especial na comissão de Defesa e constatei exactamente aquilo que referes. Um homem bom, sabedor das matérias de que falava,dialogante e simpático.
Uma perda para a democracia.