DESDE MIÚDO que conheço (bem) António Costa. Não sendo propriamente amigo (até porque eu tenho aquela terrível tese que amigos, amigos nós temos na vida apenas uns quantos), é bastante mais do que um conhecido a quem tratamos por tu. Salvo erro, conhecemo-nos na casa do Estoril do impagável e sempre bem-disposto Arménio Ferreira, um médico luso-angolano que era uma personagem na verdadeira acepção do termo, de que os nossos pais eram amigos e que organizava umas festas de aniversário memoráveis – não devíamos ter então ainda dez anos. Convivi mais de perto com o “Babucha” (esse é o seu petit nom, para quem não saiba) anos mais tarde, já depois do 25 de Abril e quando coincidi com ele exactamente ao lado de quem liderava a “barricada” da defesa da democracia, leia-se Mário Soares. O António Costa vivia ali por detrás da Rua do Século, andava (salvo erro) no Pedro Nunes, passava os dias na sede socialista da Rua de S. Pedro de Alcântara e era destacadísimo militante da Juventude Socialista, de que nunca (curiosamente…) conseguiu ser líder, apesar de vontade nunca lhe ter faltado.
Já andava na Faculdade de Direito, onde era dirigente associativo, quando o PS praticamente “partiu ao meio”, com o chamado “ex-Secretariado”, onde pontificava António Guterres que, no sótão de sua casa de Miraflores, liderou um grupo que decidiu apresentar um moção alternativa à de Mário Soares num congresso a “ferro e fogo” que teve lugar em 1981. Na altura, Costa optou por alinhar ao lado do grupo contestatário e dessa sua posição decidiu dar conhecimento a um, na altura, acossado Soares que, à sua maneira, lidava com a situação com aquele seu ar blazée que sempre o caracterizou até nas ocasiões mais difíceis. A conversa foi-me então contada pelo próprio António Costa já lá vão 30 (!) anos, mas eu nunca mais consegui esquecer a troca de palavras entre o então líder do PS e “a jovem promessa” (chamemos-lhe assim) a quem Soares sempre tinha depositado grandes esperanças:
Já andava na Faculdade de Direito, onde era dirigente associativo, quando o PS praticamente “partiu ao meio”, com o chamado “ex-Secretariado”, onde pontificava António Guterres que, no sótão de sua casa de Miraflores, liderou um grupo que decidiu apresentar um moção alternativa à de Mário Soares num congresso a “ferro e fogo” que teve lugar em 1981. Na altura, Costa optou por alinhar ao lado do grupo contestatário e dessa sua posição decidiu dar conhecimento a um, na altura, acossado Soares que, à sua maneira, lidava com a situação com aquele seu ar blazée que sempre o caracterizou até nas ocasiões mais difíceis. A conversa foi-me então contada pelo próprio António Costa já lá vão 30 (!) anos, mas eu nunca mais consegui esquecer a troca de palavras entre o então líder do PS e “a jovem promessa” (chamemos-lhe assim) a quem Soares sempre tinha depositado grandes esperanças:
– “Mário, queria dizer-lhe que decidi subscrever a moção do ex-secretariado“,começou Costa
– “Ah sim, então resolveste assinar a moção dos gajos?“, respondeu-lhe um Mário Soares que, ao seu jeito, fingia não dar muito importância à conversa que lhe era obviamente desagradável. E antes que o jovem Costa conseguisse explicar um motivo motivo que fosse para ficar do “outro lado”, Soares colocou ponto final na conversa desta forma seca: “Pois é António, que chatice… Já viste? Deste cabo do teu futuro político por causa de uma caneta…“.
Lembrei-me deste episódio quando vi, nos últimos dias, António Costa no vainãovai para a corrida à liderança do PS, além de achar (claro!) que Mário Soares se enganou redondamente e que António Costa teve (e tem) muito futuro político – foi secretário de Estado, ministro duas ou três vezes, é presidente da Câmara de Lisboa, figura de proa do seu partido e potencial candidato a candidato a líder do PS, a primeiro-ministro e até
a Presidente da República e tem, se não me engano, 51 anos e muito ainda para “correr”. Agora o que me meteu impressão neste recente “folhetim” que teve o Largo do Rato como palco e o que me custa é ver como – nesta balbúrdia em que se transformou o Partido Socialista – Costa lhe deu para assumir as dores de um José Sócrates que nada tem a ver com ele e estar rodeado do pior do que esse “socratismo” já teve e onde até um inenarrável Lello (sem que seja publicamente desautorizado) se armou em seu porta-voz.
a Presidente da República e tem, se não me engano, 51 anos e muito ainda para “correr”. Agora o que me meteu impressão neste recente “folhetim” que teve o Largo do Rato como palco e o que me custa é ver como – nesta balbúrdia em que se transformou o Partido Socialista – Costa lhe deu para assumir as dores de um José Sócrates que nada tem a ver com ele e estar rodeado do pior do que esse “socratismo” já teve e onde até um inenarrável Lello (sem que seja publicamente desautorizado) se armou em seu porta-voz.
O “Babucha” merecia mil vezes melhor…
Amigo ZPF
Engraçado.Nunca tivemos oportunidade de falar de António Costa, pois estávamos bastante ocupados com coisas bem importantes, mas pensamos precisamente a mesma coisa dele.
Dele e do que o rodeia.A pior escória política de todo o sempre com a sombra sempre terrorífica do Sousa e que só lhe estraga a imagem,lógico.
Hoje mesmo fiquei perplexo com esta frase:
“O legado dos governos de José Sócrates enche de orgulho os socialistas.”
Edite Estrela ao “O Sol”
Sem querer ofender, é a maior mentira política jamais proferida por alguêm na cena actual.
Os Socialistas MORREM de vergonha do “legado” Sócrates e até dirigentes há que não podem nem ouvir falar dele começando pelo actual Líder do Partido.
Sócrates é a cara da trafulhice, do tráfico de influências, dos cursos feitos por fax e com data de Domingo, do BPN, do Freeport, das PPP’s,do Face Oculta, da Banca rota e memorando da troika, dos telefonemas ameaçadores aos Jornalistas,das ameaças de perca de emprego se falassem dele, do boicote a tudo e todos que lhe fizessem frente, enfim do pior que jamais se poderia ter feito em Portugal, uma ditadura venezuelana em plena Europa e nas trombas da União Europeia e Edite diz uma barbaridade destas?
Sabes que cheguei a pensar que ela odeia o homem e está a gozar com e na cara dele????????????
Ao Senhor Miguel Vaz Serra, não ligo importância, deve ser um falhado qualquer, porque a história ainda não se fez, será feita a seu tempo. Tudo tem de maturar. Quanto ao António Costa, gostei muito do seu comentário, mas corrijo que ele andou no Passos Manuel, No Pedro Nunes andei eu, onde me cruzei com o Picareta falante, ou arara, como era lá conhecido o MARCELO. Não privámos muito porque ele estava a acabar o Liceu E ANDAVA SEMPRE COM A Ana Zanatti, porque eram ambos do mesmo Grupo, quando eu entrei. Quanto ao António Costa, seria muito arriscado para ele candidatar-se não sendo deputado, pois a oposição principal a um Governo é feita no Parlamento, onde o Seguro falha completamente, contra um 1º Ministro que tem lições de colocação de voz, posição corporal,coloca extenções no cabelo, passou a usar óculos para disfarçar os olhos ocos e vazios,porque quando ele foi fazer uma audição ao La feria para entrar num musical, foi reprovado e o La feria disse-lhe que nunca seria um bom actor, devido à falta de expressão no seu rosto seu rosto, aos ombros caídos arrastando os pés,como um “vencido da vida”lém de não ser barítono nem mezzo barítono como ele disse no curriculum, Conheci-o tinha ele 23 anos e sei do que escrevo. Além disso o Seguro andando sempre na sombra a fazer oposição rasteira ao Sócrates nas reuniões com Relvas, PASSOS e outros, agora a oposição no PARLAMENTO É MUITO DIFICIL POR CONHECEREM OS PODRES UNS DOS OUTROS. Por outro lado anda há anos a dominar o aparelho, o que o Costa não pode fazer. Seria uma guerra perdida na secretaria. Obrigada por me deixar comentar e tenho saudades dos velhos tempos do 24.