SOUBE HÁ momentos que o meu amigo Alexandre Pais vai, ao fim de mais de 10 anos, deixar a direcção do jornal “Record”. Tive oportunidade de trabalhar lado a lado com o Alexandre na década de 90, altura em que coincidimos no “Tal&Qual” e onde a sua experiência, maturidade, bom-senso e qualidade de escrita foram um “baluarte” fundamental no dia a dia de um jornal que – perdoem-me este irreprimível ataque de nostalgia… – foi indiscutivelmente um marco na vida de todos quantos por lá passámos nessa altura.
Deixem-me ainda dizer-lhes uma coisa: ao longo de mais de vinte anos que passei no jornalismo, Alexandre Pais foi uma das pessoas que eu recordo com mais simpatia das redacções por onde passei, enquanto homem, profissional e amigo. Para que conste!
Apanhei um susto, julguei que o Pais tivesse falecido, ao ler este
teu texto de autêntica “necrologia”. Como sabes, estamos habituados a que certos elogios apenas se fazem depois de o visado bater a bota.
Mas a minha tristeza não so se manteve como se agravou. Afinal não era o Pais que jazia em câmara ardente. Era o Paìs…