A INOPINADA reacção das chamadas comunidades nas redes sociais em Portugal ao spot produzido pela Pepsi Cola na Suécia é tão patética quanto a própria campanha lançada nas vésperas do jogo da última terça-feira e onde um boneco tipo “vudu” representando o capitão da selecção portuguesa surge amarrado a uma linha férrea na iminência de ser esmagado. Patética porque é desmedida conferindo assim uma projecção e importância à marca que a campanha em causa nunca lhe teria dado. Que o spot é infeliz? É. Que merece uma resposta? Merece, sem qualquer sombra de dúvidas. Mas que seja com imaginação, com rasgo, com graça e fundamentalmente sem o provincianismo e esta indignação ridícula em que até a TAP(!) “embarcou”. Senão o que pensar desta declaração de um porta-voz da nossa companhia aérea, onde a Pepsi é uma das bebidas servidas a bordo: “A TAP repudia energicamente a campanha da Pepsi, aguardando um pedido de desculpas à Companhia e aos seus Clientes. Esta campanha, ao nível do mais grosseiro ‘hooliganismo’, não é grave apenas por se tratar de Portugal e de Cristiano Ronaldo, é ofensiva para todos os que vêm o desporto como um instrumento de relacionamento entre os povos. A TAP considera ainda a possibilidade de, no futuro, mudar de fornecedor“. E já agora, para que conste, quem escreve este post é alguém que se recusa a trocar uma Coca Cola por uma Pepsi. Rigorosamente em nenhuma circunstância…